Após reunião finalizada no inicio da noite desta quinta-feira (20), o município de Floriano foi selecionado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), para receber doses do imunizante contra Covid-19 da Pfizer. Além de Floriano, apenas oito municípios foram escolhidos: Bom Jesus, São Raimundo Nonato, Picos, Campo Maior, Água Branca e São João da Serra, Piripiri e Parnaíba, além da capital Teresina que já faz uso da vacina.
Segundo o Secretário de Saúde de Floriano, James Rodrigues, a logística de distribuição foi predefinida pela Sesapi e levou em consideração o formato de cada município. A vacina produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer, em parceria com a empresa alemã BioNTech, conta com um esquema de duas doses e já foi aprovada em 83 países.
A previsão, segundo a Sesapi, é que as doses cheguem ao município entre a segunda e terça-feira da próxima semana e serão administradas nos grupos prioritários vigentes: pessoas com deficiência ou comorbidades. “Nossa equipe vai a Teresina acompanhar a vacinação realizada na capital para entender todas as condições técnicas”, explica James Rodrigues.
No dia 23 de fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro definitivo da vacina no Brasil, que permite que o imunizante seja comercializado, distribuído e utilizado pela população, tendo sido avaliado a partir de dados robustos dos estudos de qualidade, eficácia e segurança.
Como funciona a vacina da Pfizer
A vacina Pfizer/BioNTech utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). O material genético sintético, que carrega o código genético do SARS-CoV-2, estimula o organismo a gerar anticorpos contra o vírus.
Em outras palavras, o objetivo é que o mRNA sintético dê as instruções ao corpo humano para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. São essas proteínas que levam à resposta do sistema imunológico e trazem a proteção para o indivíduo.
As vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante, considerado de 3ª geração, que também tem como objetivo proteger as pessoas de doenças infecciosas.
Armazenamento
Quando começaram a ser usadas, as vacinas da Pfizer/BionNTech precisavam ficar armazenadas a -70°C, o que dificultava a utilização em regiões sem os refrigeradores adequados.
No final de fevereiro deste ano, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, deu sinal verde para a farmacêutica transportar e conservar a vacina em temperaturas convencionais, entre -25°C e -15°C, normalmente encontradas em freezers farmacêuticos, por um período de até duas semanas.
No Brasil, a Anvisa atualizou as condições de armazenamento de vacina da Pfizer em abril, levando em conta as novas recomendações.
Esquema de doses
O esquema para a imunização completa considera a aplicação de duas doses, com um intervalo de 21 dias. Segundo a Anvisa, a vacina pode ser aplicada em pessoas com mais de 16 anos.
Eficácia
A vacina apresentou a taxa de eficácia de 91,3% após a aplicação da segunda dose. Os testes de fase três foram realizados com cerca de 44 mil participantes, em 150 centros de pesquisa, no Brasil, e em países como Estados Unidos, Alemanha, Turquia, África do Sul e Argentina.