Na tarde desta terça-feira, 18, a Prefeitura de Floriano, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, ofereceu suporte à instalação de um aparelho sismógrafo na comunidade Casulo, zona rural de Floriano.
A Prefeitura de Floriano ofereceu toda a logística para a implantação, com a escolha do local que recebeu o sismógrafo e segurança para o equipamento. Esse projeto faz parte de um estudos das bacias, como o que está sendo feito nas bacias dos rios Parnaíba, Crato e São Francisco.
"É uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN e a Universidade de São Paulo, USP. As expansões são para cobrir uma área que ainda não havia cobertura, que é a região de Floriano e outras 4 cidades do Piauí", disse Chico Alves, secretário de Desenvolvimento Rural.
A estação pertence a Rede Sismográfica Brasileira, em convênio com a Universidade do Rio Grande do Norte, envolvendo ainda as Defesas Civis de todos os municípios e Estados do Nordeste. Essa parceria funciona através da troca de informações, onde as estações monitoram toda as atividades sísmicas, como tremores de terras que ocorrem em todo o Nordeste, sendo emitido um boletim diário; e mensalmente é emitido um resumo com o boletim final.
"Esse monitoramento é importante, pois mesmo aquelas áreas que não tenham tremores de terras com frequência ou que não são conhecidos, quando os equipamentos são instalados, é possível monitorar com mais precisão as condições sismográficas", frisou Eduardo Menezes, técnico Geofísico do Rio Grande do Norte.
As informações são direcionadas automaticamente para a Defesa Civil dos municípios, do Estado e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) em Brasília. Um trabalho importante, pois auxilia as ações das Defesas Civis das áreas onde estes fenômenos são registrados.
Através das ondas sísmicas geradas por tremores de terras é possível interpretar e conhecer melhor o que existe nas camadas mais profundas do solo, como petróleo, gás e outros minerais, e que possam vir a ser explorados. Os dados coletados são processados e distribuídos entre as universidades envolvidas no projeto, para interpretação e pesquisa.
Após a instalação, o técnico Eduardo Menezes, visitará o local para a manutenção do equipamento de seis em seis meses, pelo período de 2 anos, que é o tempo de duração do projeto, podendo ser prorrogado conforme os dados colhidos pela estação. No Piauí, desde o ano de 2010, há uma estação semelhante instalada no município de Pedro II, que faz a transmissão dos dados em tempo real.