Uma reunião nesta segunda-feira (24) entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital Tibério Nunes, firmou uma parceria técnica para a ampliação do tratamento bucal de pessoas com necessidades especiais severas. Por apresentarem risco elevado para as doenças bucais quando apresentam dificuldade na higienização local, na mastigação, e fazem uso de dieta pastosa e/ou rica em carboidrato, esse grupo necessita de atenção redobrada.
O Secretário de Saúde, James Rodrigues, informou aos representantes do Hospital Tibério Nunes que foi aberto edital para contratação de profissionais com experiência nestas áreas, mas que não surgiram interessados. “Infelizmente é uma modalidade muito difícil de se encontrar. Nossa ideia é ampliar o atendimento no Centro de Especialidades Odontológicas, e com essa parceria com o HTN podermos continuar ofertando o serviço dispondo do ambiente hospitalar que nos dá maior garantia de suporte ao paciente”, explicou.
A assistência odontológica a este grupo populacional pode envolver dificuldades considerando as limitações apresentadas por elas ou relacionadas aos profissionais das equipes de saúde bucal, o que pode culminar em atendimento odontológico sob o uso de anestesia geral ou sedação em ambiente hospitalar.
Como as indicações para o tratamento odontológico sob sedação e/ou anestesia geral envolvem riscos, há situações especificas quando estes procedimentos são realizados:
1. Tratamento de pacientes excepcionais com severas restrições físicas e mentais;
2. Problemas graves de distúrbios de conduta ou pacientes com desordens psiquiátricas (distúrbios emocionais ou psicológicos);
3. Procedimentos cirúrgicos em crianças muito novas onde há necessidade de tratamento extenso;
4. Necessidades de tratamento acumuladas em pacientes portadores de doenças sistêmicas;
5. Pacientes com intolerância aos anestésicos locais;
6. Necessidade de tratamento acumuladas em pacientes que residem em áreas afastadas, onde não há recursos para a realização do tratamento odontológico ou com problemas de transporte;
7. Crianças rebeldes para as quais não foi possível o tratamento, mesmo com o auxílio de pré-medicação e anestesia local;
8. Pacientes hemofílicos ou portadores de outros transtornos de hemostasia, e nos quais a anestesia local deve ser evitada, pois há o risco de provocar hemorragia nos espaços faríngeos laterais, onde é difícil aplicar medidas de controle.