Como parte da programação do mês de prevenção ao suicídio em Floriano, a equipe de Saúde Mental da Rede de Atenção Psicossocial realizou uma oficina de capacitação nesta segunda-feira (19), com a equipe de Estratégia de Saúde da Família da unidade de saúde Santa Cruz.
Esta iniciativa visa reduzir as taxas de suicídio, tentativas e os danos associados com os comportamentos suicidas, assim como, o impacto traumático do suicídio na família, entre amigos e companheiros (as), nos locais de trabalho, nas escolas e em outras instituições.
“A qualificação permanente das equipes de saúde é uma das diretrizes desta proposta que estamos inserindo no município. Todos os meses, pelo menos duas equipes são recicladas e atualizadas”, explicou Idalina de França, psicóloga e coordenadora de Saúde Mental.
O mês de setembro é marcado por ações de prevenção ao suicídio em todo o país, através da campanha Setembro Amarelo. Em Floriano, o tema escolhido para este ano foi “Toda vida importa” e traz como mensagem o acolhimento da Rede de Atenção Psicossocial, em parceria com a Atenção Básica e serviços de urgência e emergência psiquiátrica. O símbolo do girassol será trabalho na campanha, pois todas as manhãs a flor parte em busca do sol, seguindo a luminosidade, insistentemente, já que precisa dela para se desenvolver. “O símbolo do girassol representa a busca da luminosidade para crescer e florescer. Mesmo quando o sol está escondido entre as nuvens, a flor gira, apesar da dificuldade, em direção à luz”, disse Idalina de França.
De acordo com dados apresentados pela campanha realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), desde 2014, no Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de morte, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
A coordenadora de Saúde Mental, Idalina de França, destacou que o contexto familiar é importante para observar os sinais comportamentais que podem levar ao suicídio. “Aqueles que estão em depressão, em sofrimento, querem acolhimento, precisam ser ouvidos. Não devemos ignorar os sinais. Procure ajuda profissional o quanto antes”, concluiu.